É estranho se acostumar a ser apenas você mesmo, quer dizer - estar em paz com o silêncio e com toda a esquisitice que vem dele. Posso passar dias no meu quarto, e isso é novo. Me sinto distante das outras pessoas, quando saio a quantidade de ruído me faz ter vontade de voltar pra casa - mas quando fico em casa sinto que estou desperdiçando energia vital, o poder do meu corpo, dos meus músculos que adoram agarrar coisas e sustentar meu próprio peso. E também tem os cigarros.
Criatividade na resolução de problemas. É pra isso que me pagam, e é isso que eu faço. São problemas simples, às vezes insignificantes, mas pagam bem, e é isso que eu faço. Sento e olho pra lâmpada. Não sei nem mais como criar fora dessa tela, nem como me organizar ou aprender. Pixels, vetores, sintaxes, tabelas, atalhos. Música música música música música ainda bem que ela existe.
Mas um lado meu se atrofia, eu sinto isso. Olho no relógio e sempre me surpreendo. Já são quase duas da manhã. Queria conseguir acordar mais cedo. Não tenho rotina, faço o que quero, quando quero. Tenho possibilidades infinitas aos meus pés. Mas não as uso, só fico aqui. Às vezes eu sinto que vivo um pouco da vida das pessoas nas histórias que leio, como se por alguns minutos experimentasse um pouco de uma existência cheia de aventuras, desastres e lutas políticas. Todo apoio à luta dos estudantes mexicanos. Los queremos vivos. viva Zapata! Agora pouco explodiu um homem bomba na Síria, puta caos. No vídeo, o irmão dele chora ao ver a explosão de cima de um prédio a poucas quadras de distância, e grita em meio a soluços: Takbir. Allah Akhbar! Deus é maior. Hoje de manhã encontraram mais corpos daquele avião que caiu na Turquia - pedaços arrancados, completamente irreconhecíveis. Imagens fortíssimas que rendem milhares de visualizações. Acho que é porque as pessoas querem sentir algo. Também hoje o Reino Unido declarou que vai estabelecer relações comerciais com Cuba, fato marcante na luta pelo fim do embargo. E há 25 anos atrás nesse mesmo dia, caia o muro de Berlim - mulék, imagina só a cena! E há poucas horas abriram um rombo no muro que divide Israel e Palestina. Um muro de 8 metros feito de concreto, aço e ódio. Do caralho! Pelo fim do ódio. Pelo fim das fronteiras, barreiras, preconceitos, da caretice. Pelo fim dos muros. enfim...
Pelo fim da porta do meu quarto.
x
10 de nov. de 2014
10 de ago. de 2014
mas sério (ou cartas de amor me fazem sentir ridículo)
Sei lá.
Nunca sei.
Ainda gosto de escrever.
Vou falar a verdade..
E ela diz que
Sou sim, metade do que afirmo ser. A outra
metade eu descubro todo dia, pode ser junto com você, mas por definição ela
nunca vai ser uma coisa só – ela não pode ser. E se for eu não existo. Mas pode
confiar. Pode confiar quando eu falo do sorriso, da pele, do sentimento, da presença e de como ela me faz sorrir idiota, simples, de paixão e vergonha - pelo
medo de você achar que eu não valho todo o esforço. Mas boto fé. Sei sim que
é verdade, que você é de verdade. Sinto seu abraço, suas lágrimas quentes e
salgadas, que dizem as coisas que devem ser ditas e também as que você preferia
não dizer -mas que eu adoro quando são ditas. O sabor de um não antes de um sim –
me sinto feliz, me sinto amado tendo superado sua negativa inicial. Me sinto
amado mesmo sem você dizer. Adoro olhar nos olhos e ver sorridente todo
aquele universo da sua retina. Adoro te beijar, apertar, morder, falar. E o
silêncio.
E me desculpa pelas desculpas todas. Eu sei
que é um saco ficar ouvindo isso, não é o que você quer ouvir, não é o que eu
devia dizer. Mas é que eu sei refletir sobre meus atos, sei o que é a culpa e peço,
imploro para ela ser desfeita. Sei o peso pelo excesso de bagagem e aceito
pagar a taxa. Aprendi que não posso controlar as coisas e nem as pessoas, só
posso tentar estabelecer as pontes de comunicação entre elas, entre nós.
Às vezes eu me excedo, aumento o tom de
voz. Justo eu, que não admito que gritem comigo. Mas aprendi cedo sobre as várias
formas e tons incorporados pela agressividade e sobre como ela nem sempre se
manifesta fisicamente. E eu entendo sim. Tudo bem - às vezes eu não entendo. Acho
que entendi, falo que entendi, mas acho que você sabe muito bem quando
acreditar nisso ou não. Sinto que você me lê bem, sabia? Você tem o poder de me
surpreender comigo mesmo, enquanto me surpreendendo com você. É bem maluco isso. É bem maluco tudo isso,
mesmo. Várias fitas - Era só o que eu
pensava quando tudo começou, cara, era tanta coisa na minha cabeça. Tinha dias que eu ficava com vontade de enfiar meu
cérebro num buraco e vegetar por aí, existir e deixar estar. Ser apenas os momentos bons, como se por um
segundo eu acreditasse mesmo que a vida se resolve sozinha, mas logo vi que
não. Não que eu não tivesse fé, isso eu tenho de monte – mas agora eu sei melhor o que
significa viver e lidar com as coisas. Aprendi a resolver, pois o que me guiava estava claro. Ou pelo menos tou aprendendo. (mas o que me guia está mais claro do que nunca...)
Enfim.
Hoje, quando acordo as 9 da manhã com
uma ressaca estilo boca com gosto de guarda-chuva, e não hesito nem um segundo
antes de levantar e pegar um suco pra acalmar seu estômago, sei que tudo,
tudo valeu a pena. Porque eu fico tão feliz só de poder te dar um pouco de paz. Te fazer sorrir e mostrar que eu tou aí.
Meu amor é verdadeiro e me joga acima das nuvens.
Você me faz vivo, e inimigo mortal da distância infinita na composição do meu universo, entre essa manhã ao seu lado e esse momento frio no qual eu existo agora. Queria você aqui.
Te quero bem, sempre. E escrevo isso pra dizer que para que isso aconteça, me disponho a tudo.
Tá?
Te amo.
8 de jul. de 2014
outrodia
Dia outro,
lava o rosto nas águas sagradas da pia e aproveita. Reclama da manhã, da chuva,
da roupa que não secou do café que ficou fraco demais, corre porque tá
atrasado, sempre atrasado, sai de casa e compra o cigarro pra parar de tremer,
acende, se arrepende, eu devia parar de fumar mas eu gosto. Tosse seca, anda
mais rápido que ce tá atrasado cara, sai da minha frente não tenho saco pra
você, pra contato, passo pela porta já pensando em voltar. E a chuva fria, essa
merda de gota que molhou minha meia confirma a vontade, mas não dá. Playboy de
merda. Apressado, anda logo cara, pé outro pé, perna, músculo, essa porra de
sapato que machuca meu dedo. Percebo mais a frente um grupo de pessoas em volta
daquele cara que estava dormindo no muro do pronto-socorro há alguns dias. Que
bom, ele precisa de ajuda, ajudem ele, cuidem, mantenham vivo. Me aproximo e
primeiro vejo suas costas, amareladas, pálidas. Cor de morte, mas não deve ser,
mas é sim. Boca rígida, corpo sujo, olhos abertos olham para o nada, olham para
mim e me acusam de um crime que eu ajudei a cometer. O estomago embrulha. Eu
passei por ele ontem, merda, ele devia estar vivo, mas como é que eu vou saber.
Não posso saber e não posso sentir, preciso ir trabalhar, tou atrasado, agora
essa imagem não vai sair da minha cabeça. Não vai sair da minha cabeça. Minha mente
ativa o processo e busca justificativas - tudo o que levou àquilo, como a
sociedade falhou em cada pequeno nível da vida daquela que é uma pessoa, que
foi uma pessoa, que existiu e que sentiu e que morreu, quem sabe de frio, quem
sabe de fome, quem sabe. Como tudo isso sou eu. Como todas as falhas são também
minhas, eu que me sempre me julguei tão sensível e consciente... é o caralho. Não
fiz merda nenhuma, nem descobri se poderia ter feito. Melhor não saber. Tou atrasado.
Anda mais rápido tia, não tenho saco pra você, pra contato, pra nada.
19 de mai. de 2014
uma redação que eu escrevi na oitava série
e achei por aqui.
O oceano respirava em forma de ondas, cada uma mínima e
maravilhosamente diferente da outra, numa tarde gélida e vazia, aquecida apenas
pelas batidas rápidas do coração da menor das duas silhuetas paradas à beira
mar. ‘Me sinto infinito’, disse o garoto. ‘o mar é infinito?’
O som do quebrar das ondas foi absorvido pelo longo silencio
se decorreu. O garoto não se importava mais com o vento frio batendo
impiedosamente contra seu pequeno rosto e o pai não conseguia parar de pensar
se seu filho não gostaria de outro casaco ou de ir para um lugar mais aquecido,
mas preferiu não deixar seus instintos paternos arruinarem um momento tão
especial quanto este. A primeira visão do oceano através dos olhos inocentes de
uma criança de 6 anos é tão especial, se não mais, do que seus primeiros passos.
É como se uma nova noção de tamanho e vastidão fosse adicionada ao crescente
banco de dados em suas mentes; é como se nada mais tivesse limite.
‘deveríamos ter vindo em um dia mais quente, com mais sol’,
finalmente disse o pai.
‘não.. eu gosto assim’ replicou o menino.
O pai olhou para ele, um daqueles olhares em que os olhos
parecem estar enfeitiçados. O menino retribuiu, mas quase involuntariamente
seus olhos voltaram a focar o oceano que refletia o azul escuro das nuvens chuvosas.
A imensidão do oceano levava o pai cada vez mais a
pensamentos nostálgicos. As viagens irresponsáveis com os amigos até a praia
com apenas 50$ no bolso, se sentindo os homens mais ricos do mundo. A
preocupação com detalhes que agora parecem insignificantes; memórias que seu
filho ainda não teve a chance de criar. Olhou novamente para o garoto; nunca
havia pensado que seria capaz de amar e se importar tanto com alguém. O homem
que se sentira sozinho desde que descobriu o significado da palavra, por alguns
instantes se sentiu completo. O filho abraçou o pai pelos 10 mais longos e
apreciados segundos da vida do homem.
Pesados pingos de chuva irromperam no ar, penetrando as
roupas quentes dos dois. O pai pegou o garoto pela mão e ambos andaram de volta
para casa com um sorriso inocente e verdadeiro no rosto.
3 de mai. de 2014
três de maio
trens, toques, manhãs e cigarros
pele cinzas e abraços
sinto que existo
para alem de mim e todo o resto que procuro que percebo que recebo ou tenho medo
dou bom dia ao momento crú
que me corta atravessado na memoria no gosto na pele dos calos de quem não se cala e está vivo pois conhece o desejo.
pele cinzas e abraços
sinto que existo
para alem de mim e todo o resto que procuro que percebo que recebo ou tenho medo
dou bom dia ao momento crú
que me corta atravessado na memoria no gosto na pele dos calos de quem não se cala e está vivo pois conhece o desejo.
14 de abr. de 2014
verdades atemporais
“I like too many things and get all confused and hung-up running from one falling star to another til I drop. This is the night, what it does to you. I have nothing to offer anybody except my own confusion.”
KEROUAC
16 de mar. de 2014
10\03\14
Mo
vi
men
to
é equilíbio que se sustenta na vertigem.
não tenho muito a dizer, apenas que me movo e corro e canso e suspiro. Sento, paro, penso. Vamo.
! me conta alguma coisa, qualquer coisa. Sei que os músculos que sustentam meus sorrisos fermentam e ardem depois de alguns minutos ao seu lado, o que você acha disso?
Posso me deixar perder em palavras, mas melhor não.
Me confundo com tanta clareza e luz - tenho medo da borboleta que pousou em mim. Ela é imprevisível em seu padrão de voo e isso me faz sentir fora do controle que eu nunca tive.
a.d.m.i.n.i.s.t.r.a.ç.ã.o
Senta, para, levanta. Beija, toca, cheira, deixa.
Deixo.
Sim.
vi
men
to
é equilíbio que se sustenta na vertigem.
não tenho muito a dizer, apenas que me movo e corro e canso e suspiro. Sento, paro, penso. Vamo.
! me conta alguma coisa, qualquer coisa. Sei que os músculos que sustentam meus sorrisos fermentam e ardem depois de alguns minutos ao seu lado, o que você acha disso?
Posso me deixar perder em palavras, mas melhor não.
Me confundo com tanta clareza e luz - tenho medo da borboleta que pousou em mim. Ela é imprevisível em seu padrão de voo e isso me faz sentir fora do controle que eu nunca tive.
a.d.m.i.n.i.s.t.r.a.ç.ã.o
Senta, para, levanta. Beija, toca, cheira, deixa.
Deixo.
Sim.
27\02\14
ramble until you find expression
crumble until you face posession
wonder your way to liberation.
vai na fé, nêgo.
crumble until you face posession
wonder your way to liberation.
vai na fé, nêgo.
17\02\14
Várias. Varia. Mas vaaaárias, altas fitas.
Mas me sinto bem, bem mesmo.. aprendendo a lidar com as coisas do jeito mais tátil possível.
Fico com medo mas é melhor não. me canso às vezes, preciso comer direito e me deixar dormir melhor. tenho pouca fome e a bloqueio com excessos. Nem sei se deveria ou não, mas parece que tá tudo bem né não? sorriso na cara, dentes cerrados e boca pro lado. sorriso nos olhos, no toque, nos ossos. várias fitas. Sigo sorrindo.
Acordo melancólico, mas sigo sorrindo para os obstáculos, até que eles baixem sua guarda.
Guardas! prendam já esse sorriso!
Corro de mim e me escondo, calado, quieto. Mas segue o sorriso.
Não sei o que faço.
Mas...
é um belo sorriso.
Mas me sinto bem, bem mesmo.. aprendendo a lidar com as coisas do jeito mais tátil possível.
Fico com medo mas é melhor não. me canso às vezes, preciso comer direito e me deixar dormir melhor. tenho pouca fome e a bloqueio com excessos. Nem sei se deveria ou não, mas parece que tá tudo bem né não? sorriso na cara, dentes cerrados e boca pro lado. sorriso nos olhos, no toque, nos ossos. várias fitas. Sigo sorrindo.
Acordo melancólico, mas sigo sorrindo para os obstáculos, até que eles baixem sua guarda.
Guardas! prendam já esse sorriso!
Corro de mim e me escondo, calado, quieto. Mas segue o sorriso.
Não sei o que faço.
Mas...
é um belo sorriso.
06\02\14
As in oriented, fresh off
newly found desease to peel your skin and rent your cells till time's off.
The visual, the inspiration of a nation going from state to station to any other location where and when the means find it's ethics to justify the ends.
those who drift are allowed hope in a chance taken from a dangling rope that snakes it's way around everybody's neck.
Around every single blood vessel.
this is compared, as weight over the shoulders, to the view of a full blue morning seen through a cage surrounded by bars, made of such cold steel that they turn my thoughts and my deviant fingers into a long-gone hibernation state that has spreaded into my soul.
i am moving more than i am not,
but racing through time has always been a less than operant part of my liquid experience. I AM OF THE SOLITUDE OF ICE, as far as that goes.
newly found desease to peel your skin and rent your cells till time's off.
The visual, the inspiration of a nation going from state to station to any other location where and when the means find it's ethics to justify the ends.
those who drift are allowed hope in a chance taken from a dangling rope that snakes it's way around everybody's neck.
Around every single blood vessel.
this is compared, as weight over the shoulders, to the view of a full blue morning seen through a cage surrounded by bars, made of such cold steel that they turn my thoughts and my deviant fingers into a long-gone hibernation state that has spreaded into my soul.
i am moving more than i am not,
but racing through time has always been a less than operant part of my liquid experience. I AM OF THE SOLITUDE OF ICE, as far as that goes.
28\10\13
Faz tempo, eu sei, desculpa.
Tomando uma dose em plena segunda-feira a tarde. É agradável ficar sozinho, longe do mundo e perto da música. Ando desenhando mais, fumando também. Fiz 21 anos na semana passada e a pouca atenção que eu dei pra isso revela a veracidade na passagem do tempo.
Não ando escrevendo muito porque as coisas parecem meio iguais e sem importância real, mas ao mesmo tempo elas são.. boas. Gostaria de achar alguém mas ao mesmo tempo ando ficando bem sozinho. Só é foda no domingo de manhã, mas tudo bem. Tristeza, chuva, sol, verão -
Dor. Música, pés, mãos, drogas, sol. Sombra, toque, sexo, mente. Corpo, alma, luz, ritmo, tinta, assunto, pessoas - é difícil lidar com elas, mais do que lidar comigo, mas tudo bem. Esqueço de mim e vou em frente.
Sexo, Foda. Solidão, identificação.
Adolescência. Lembrança, tempo, trabalho, dinheiro, documento, governo, revolução, violência, efeito moral. Códigos, conduta, caras, bocas, olhares, falas, arrependimentos, velocidade, conexões, infinito, quarto, sala, caneta, ideia, existência. E música.
E rua. e arte. e vandalismo. Vândalo é o estado.
Homens, mulheres. Muitas mulheres, muitos homens e eu. Quase mulher. Negra. Simples. Excesso.
Tons, muitos. Sinfonias. Batidas. Rimas.
E a luz. e a vida. e a morte. e o medo.
A rotina, a luta, a arte, a inveja e a insegurança. Futuro próximo.
Instrumental, cigarro, cigarro, cigarro. Boca, fumaça, cinzeiro, ar.
Ventos de outono. Primavera. Antenas, calçadas, crianças, mendigos, drogas, álcool, comida.
Prisioneiros. Sistema.
Foda-se.
Sorriso. Verdade. Sala. Caneta.
Música.
Tomando uma dose em plena segunda-feira a tarde. É agradável ficar sozinho, longe do mundo e perto da música. Ando desenhando mais, fumando também. Fiz 21 anos na semana passada e a pouca atenção que eu dei pra isso revela a veracidade na passagem do tempo.
Não ando escrevendo muito porque as coisas parecem meio iguais e sem importância real, mas ao mesmo tempo elas são.. boas. Gostaria de achar alguém mas ao mesmo tempo ando ficando bem sozinho. Só é foda no domingo de manhã, mas tudo bem. Tristeza, chuva, sol, verão -
Dor. Música, pés, mãos, drogas, sol. Sombra, toque, sexo, mente. Corpo, alma, luz, ritmo, tinta, assunto, pessoas - é difícil lidar com elas, mais do que lidar comigo, mas tudo bem. Esqueço de mim e vou em frente.
Sexo, Foda. Solidão, identificação.
Adolescência. Lembrança, tempo, trabalho, dinheiro, documento, governo, revolução, violência, efeito moral. Códigos, conduta, caras, bocas, olhares, falas, arrependimentos, velocidade, conexões, infinito, quarto, sala, caneta, ideia, existência. E música.
E rua. e arte. e vandalismo. Vândalo é o estado.
Homens, mulheres. Muitas mulheres, muitos homens e eu. Quase mulher. Negra. Simples. Excesso.
Tons, muitos. Sinfonias. Batidas. Rimas.
E a luz. e a vida. e a morte. e o medo.
A rotina, a luta, a arte, a inveja e a insegurança. Futuro próximo.
Instrumental, cigarro, cigarro, cigarro. Boca, fumaça, cinzeiro, ar.
Ventos de outono. Primavera. Antenas, calçadas, crianças, mendigos, drogas, álcool, comida.
Prisioneiros. Sistema.
Foda-se.
Sorriso. Verdade. Sala. Caneta.
Música.
10\10\13
Been feeling a little dark, slightly outkast,
In a strange place with memories from the past
Been feeling like a crowded room
Where someone is just about to faint.
Feeling like an empty room, where nothing or
no one adds sense to the equasion that
solves the unintended tensions between
me and
In a strange place with memories from the past
Been feeling like a crowded room
Where someone is just about to faint.
Feeling like an empty room, where nothing or
no one adds sense to the equasion that
solves the unintended tensions between
me and
22\05\13
Sei lá, nem sei, mil coisas mas tamo aí e os pecados e domingo quem paga é segunda-feira.
Sinto a brisa, olho em volta, vejo o que o ambiente oferece.
Nêgo que chuta, grita, mas no final até que cresce
dentro de mim o sentimento, a vida, as preces
expressão que sairá dos olhos até que a maldade cesse
-
quero uma lua cheia, a benção dos astros
qualquer sinal que me afaste dos fracassos,
do medo de ser assim simples tão cheio de mim
livre pra voar mas acorrentado na espera de um sim - tentando falar pra mim, vai lá neguin, segue só no sapatin, dispensa logo os zé povin e vamo seguir até o fim.
depois de um dia longo, chega a hora de acordar...
--
nêgo, nêgo, nêgo... tu precisa escrever mais, falar menos, fazer mais, beber menos, fumar menos, comer mais, lembrar mais, amar mais, se abrir mais, ser você mais, por você em prática de verdade, fazer as paradas que tu se propõe - se propor mais coisas, ser mais feliz. Olha como uma ou duas coisas já melhoram o sentimento.
Vai lá, se compromete, nego. Deixa fluir o sentimento, do começo ao fim.
Ficar parado é fácil demais, chato demais.
Já que entende tudo tanto, por que não vai lá e faz?
tédio não é desculpa pra não se envolver,
tédio não existe, se mascara de prazer.
vicia o corpo, a mente e a alma
te acelera acorrentado e ainda pede calma...
nêgo
dentro de mim sou mil coisas, sou energia
sou todas as pessoas, sou todo o universo
inapropriadamente resumido em um ou dois versos
sou a inveja e o amor, sou a partícula cinco mil e trinta e um que esqueceu de se reagrupar durante o big boom
sou a que virou o som,
sou o ruído da existência de cada existência,
sou a existência da essência da paciência, sou a ciência
que o corre dentro da tua inconsciência
-
tudo isso sem você nem se ligar.
Sinto a brisa, olho em volta, vejo o que o ambiente oferece.
Nêgo que chuta, grita, mas no final até que cresce
dentro de mim o sentimento, a vida, as preces
expressão que sairá dos olhos até que a maldade cesse
-
quero uma lua cheia, a benção dos astros
qualquer sinal que me afaste dos fracassos,
do medo de ser assim simples tão cheio de mim
livre pra voar mas acorrentado na espera de um sim - tentando falar pra mim, vai lá neguin, segue só no sapatin, dispensa logo os zé povin e vamo seguir até o fim.
depois de um dia longo, chega a hora de acordar...
--
nêgo, nêgo, nêgo... tu precisa escrever mais, falar menos, fazer mais, beber menos, fumar menos, comer mais, lembrar mais, amar mais, se abrir mais, ser você mais, por você em prática de verdade, fazer as paradas que tu se propõe - se propor mais coisas, ser mais feliz. Olha como uma ou duas coisas já melhoram o sentimento.
Vai lá, se compromete, nego. Deixa fluir o sentimento, do começo ao fim.
Ficar parado é fácil demais, chato demais.
Já que entende tudo tanto, por que não vai lá e faz?
tédio não é desculpa pra não se envolver,
tédio não existe, se mascara de prazer.
vicia o corpo, a mente e a alma
te acelera acorrentado e ainda pede calma...
nêgo
dentro de mim sou mil coisas, sou energia
sou todas as pessoas, sou todo o universo
inapropriadamente resumido em um ou dois versos
sou a inveja e o amor, sou a partícula cinco mil e trinta e um que esqueceu de se reagrupar durante o big boom
sou a que virou o som,
sou o ruído da existência de cada existência,
sou a existência da essência da paciência, sou a ciência
que o corre dentro da tua inconsciência
-
tudo isso sem você nem se ligar.
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