Sei lá.
Nunca sei.
Ainda gosto de escrever.
Vou falar a verdade..
E ela diz que
Sou sim, metade do que afirmo ser. A outra
metade eu descubro todo dia, pode ser junto com você, mas por definição ela
nunca vai ser uma coisa só – ela não pode ser. E se for eu não existo. Mas pode
confiar. Pode confiar quando eu falo do sorriso, da pele, do sentimento, da presença e de como ela me faz sorrir idiota, simples, de paixão e vergonha - pelo
medo de você achar que eu não valho todo o esforço. Mas boto fé. Sei sim que
é verdade, que você é de verdade. Sinto seu abraço, suas lágrimas quentes e
salgadas, que dizem as coisas que devem ser ditas e também as que você preferia
não dizer -mas que eu adoro quando são ditas. O sabor de um não antes de um sim –
me sinto feliz, me sinto amado tendo superado sua negativa inicial. Me sinto
amado mesmo sem você dizer. Adoro olhar nos olhos e ver sorridente todo
aquele universo da sua retina. Adoro te beijar, apertar, morder, falar. E o
silêncio.
E me desculpa pelas desculpas todas. Eu sei
que é um saco ficar ouvindo isso, não é o que você quer ouvir, não é o que eu
devia dizer. Mas é que eu sei refletir sobre meus atos, sei o que é a culpa e peço,
imploro para ela ser desfeita. Sei o peso pelo excesso de bagagem e aceito
pagar a taxa. Aprendi que não posso controlar as coisas e nem as pessoas, só
posso tentar estabelecer as pontes de comunicação entre elas, entre nós.
Às vezes eu me excedo, aumento o tom de
voz. Justo eu, que não admito que gritem comigo. Mas aprendi cedo sobre as várias
formas e tons incorporados pela agressividade e sobre como ela nem sempre se
manifesta fisicamente. E eu entendo sim. Tudo bem - às vezes eu não entendo. Acho
que entendi, falo que entendi, mas acho que você sabe muito bem quando
acreditar nisso ou não. Sinto que você me lê bem, sabia? Você tem o poder de me
surpreender comigo mesmo, enquanto me surpreendendo com você. É bem maluco isso. É bem maluco tudo isso,
mesmo. Várias fitas - Era só o que eu
pensava quando tudo começou, cara, era tanta coisa na minha cabeça. Tinha dias que eu ficava com vontade de enfiar meu
cérebro num buraco e vegetar por aí, existir e deixar estar. Ser apenas os momentos bons, como se por um
segundo eu acreditasse mesmo que a vida se resolve sozinha, mas logo vi que
não. Não que eu não tivesse fé, isso eu tenho de monte – mas agora eu sei melhor o que
significa viver e lidar com as coisas. Aprendi a resolver, pois o que me guiava estava claro. Ou pelo menos tou aprendendo. (mas o que me guia está mais claro do que nunca...)
Enfim.
Hoje, quando acordo as 9 da manhã com
uma ressaca estilo boca com gosto de guarda-chuva, e não hesito nem um segundo
antes de levantar e pegar um suco pra acalmar seu estômago, sei que tudo,
tudo valeu a pena. Porque eu fico tão feliz só de poder te dar um pouco de paz. Te fazer sorrir e mostrar que eu tou aí.
Meu amor é verdadeiro e me joga acima das nuvens.
Você me faz vivo, e inimigo mortal da distância infinita na composição do meu universo, entre essa manhã ao seu lado e esse momento frio no qual eu existo agora. Queria você aqui.
Te quero bem, sempre. E escrevo isso pra dizer que para que isso aconteça, me disponho a tudo.
Tá?
Te amo.