5 de mai. de 2011

oooorra

Sei lá. Logo depois das 4:20 consegui tirar minha bunda desse quarto e me mandei pra uma praça aqui perto. Sentei por lá, ouvi uma música, deitei na grama, olhei pra cima e contemplei tudo o que eu fiz até agora. E cheguei à conclusão de que eu sou um péssimo ser humano, com péssimos hábitos, pouca força de vontade, uma mala de hipocrisia e medo de não conseguir me manter forte o suficiente pra achar o meu espaço, do meu jeito.
A próxima frase ia ser sobre como pode ser uma merda ter 18 anos, mas percebi que escrevo isso desde os 12, o que me assusta e me faz perder a vontade de lutar. Eu sei de tudo o que se deve falar pra alguém que tá prestes a desistir de tudo, mas eu mesmo não consigo me ouvir. Acho que todo mundo é assim.
Me sinto preso entre a consciência, o orgulho e a vergonha de ser quem eu sou. Quem nunca se sentiu orgulhoso ao mandar um ‘fuck you all, i AM a fucking slacker.’, e quem nunca sentiu vergonha ao ser chamado de slacker por alguém que admira? Porra.
Tou me sentindo inútil demais, cara. E eu sei que é só mudar. Mas pra mim, ser assim é tão automático quanto a ordem em que passo sabonete no banho. Tenta mudar essa ordem pra você ver só. Não é nem que você não consegue, mas você esquece, bodeia, se acostuma com os hábitos e os abraça como parte de você. Porra, eu sei de cor todos os argumentos que podem ser lançados contra o meu ‘estilo de vida’. Sei mesmo. Do mesmo jeito como você sabe que não deve comer bacon com ovos no almoço.
Na real esse texto foi concluído na frase ‘me sinto preso entre a consciência, o orgulho e a vergonha de ser quem eu sou’. O resto foi só pra encher lingüiça.