23 de mar. de 2010

respirar.

Correu, cambaleou, socou o vento, chutou a pedra
Correu, perdeu o ar, gritou, parou.
Levou as mãos à cabeça
E fez um gesto como se quisesse arrancar tudo o que lá jazia
Se apoiou nos joelhos, fiéis joelhos, sempre apoiáveis;
Numa breve meditação, fez passar a dor.
E tentou se lembrar por que estava correndo
Não conseguiu.
E foi aí que percebeu
Que pela primeira vez em sua vida
Havia parado de correr.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo isso!