19 de out. de 2010

carpe somnus

É foda, é foda, porque já é quase meia-noite e eu realmente deveria ir dormir, porque amanhã vai ser uma merda. Essa semana está sendo uma merda, mas quem liga. Juro que nem eu ligo.
Mas, vamos lá;
Consegui! Fiz dezoito anos, e pode perguntar pra qualquer amigo meu o quão absolutamente chocante isso é, e não necessariamente por conta do meu estilo de vida duvidoso e possivelmente perigoso (mentira, mal saio de casa e só tomo coca-cola). Acho que o que torna esse fato tão estranho é ver tudo o que eu sempre entendi e me relacionei meio que ir embora com o sopro na velinha do maravilhoso bolo de aniversário feito pela minha maravilhosa avó, sabe?
Não que isso seja ruim. Tá mais pra incomodo, porque coloca uma pressão de ‘’e agora, cara?’’ sobre os meus ombros, e, mesmo eu já tendo uma ideia bem sólida da parte que você conta pra família quando te perguntam ‘’e agora, cara?’’, a outra parte, a que realmente diz respeito a mim, permanece um espaço em branco com um belo dum ponto de interrogação na decoração. Mas daí eu paro e penso e cara, olha só pra mim. Quem que eu acho que eu sou? São só dezoito anos, calma. E eu até consigo me imaginar com essa mesma imagem na cabeça daqui a dezoito anos.
Às vezes eu acho que eu só faço sentido jovem, o que até que faz sentido. Afinal, pra alguma coisa fazer sentido você precisa entender ela, e a juventude é a única coisa que eu entendo até agora. Talvez algum dia eu entenda o resto, talvez não.
Só sei que hoje me peguei atravessando a rua morrendo de medo do futuro e, por conta disso, quase me deixei atropelar. Agora seria a hora da lição sobre carpe diem, mas vou deixar isso pra quem carpe diem. É que eu juro que amanhã vai ser uma merda.

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