10 de ago. de 2014

mas sério (ou cartas de amor me fazem sentir ridículo)

Sei lá.
Nunca sei.

Ainda gosto de escrever.
Vou falar a verdade..
E ela diz que
Sou sim, metade do que afirmo ser. A outra metade eu descubro todo dia, pode ser junto com você, mas por definição ela nunca vai ser uma coisa só – ela não pode ser. E se for eu não existo. Mas pode confiar. Pode confiar quando eu falo do sorriso, da pele, do sentimento, da presença e de como ela me faz sorrir idiota, simples, de paixão e vergonha - pelo medo de você achar que eu não valho todo o esforço. Mas boto fé. Sei sim que é verdade, que você é de verdade. Sinto seu abraço, suas lágrimas quentes e salgadas, que dizem as coisas que devem ser ditas e também as que você preferia não dizer -mas que eu adoro quando são ditas. O sabor de um não antes de um sim – me sinto feliz, me sinto amado tendo superado sua negativa inicial. Me sinto amado mesmo sem você dizer. Adoro olhar nos olhos e ver sorridente todo aquele universo da sua retina. Adoro te beijar, apertar, morder, falar. E o silêncio.
E me desculpa pelas desculpas todas. Eu sei que é um saco ficar ouvindo isso, não é o que você quer ouvir, não é o que eu devia dizer. Mas é que eu sei refletir sobre meus atos, sei o que é a culpa e peço, imploro para ela ser desfeita. Sei o peso pelo excesso de bagagem e aceito pagar a taxa. Aprendi que não posso controlar as coisas e nem as pessoas, só posso tentar estabelecer as pontes de comunicação entre elas, entre nós.
Às vezes eu me excedo, aumento o tom de voz. Justo eu, que não admito que gritem comigo. Mas aprendi cedo sobre as várias formas e tons incorporados pela agressividade e sobre como ela nem sempre se manifesta fisicamente. E eu entendo sim. Tudo bem - às vezes eu não entendo. Acho que entendi, falo que entendi, mas acho que você sabe muito bem quando acreditar nisso ou não. Sinto que você me lê bem, sabia? Você tem o poder de me surpreender comigo mesmo, enquanto me surpreendendo com você.  É bem maluco isso. É bem maluco tudo isso, mesmo. Várias fitas - Era só o que eu pensava quando tudo começou, cara, era tanta coisa na minha cabeça. Tinha dias que eu ficava com vontade de enfiar meu cérebro num buraco e vegetar por aí, existir e deixar estar. Ser apenas os momentos bons, como se por um segundo eu acreditasse mesmo que a vida se resolve sozinha, mas logo vi que não. Não que eu não tivesse fé, isso eu tenho de monte – mas agora eu sei melhor o que significa viver e lidar com as coisas. Aprendi a resolver, pois o que me guiava estava claro. Ou pelo menos tou aprendendo. (mas o que me guia está mais claro do que nunca...)
Enfim. 
Hoje, quando acordo as 9 da manhã com uma ressaca estilo boca com gosto de guarda-chuva, e não hesito nem um segundo antes de levantar e pegar um suco pra acalmar seu estômago, sei que tudo, tudo valeu a pena. Porque eu fico tão feliz só de poder te dar um pouco de paz. Te fazer sorrir e mostrar que eu tou aí.  

Meu amor é verdadeiro e me joga acima das nuvens.

Você me faz vivo, e inimigo mortal da distância infinita na composição do meu universo, entre essa manhã ao seu lado e esse momento frio no qual eu existo agora. Queria você aqui. 
Te quero bem, sempre. E escrevo isso pra dizer que para que isso aconteça, me disponho a tudo. 
Tá?


Te amo.

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