3 de abr. de 2010

soco

Depois que se lê duas páginas de um livro (pago uma cerveja pra quem, até o final do post, adivinhar qual) e percebe-se que não faz a menor idéia do que acabou de ler, ai sim que fica nítido como a imagem dela simplesmente não consegue deixar sua cabeça. Porque ela é linda, tem um toque lindo que ecoa até o fundo da alma. Toque. Tenho uma fome insaciável por tocar e ser tocado em todos os lugares que as mãos alcançam, e ela tem o modelo mais tocável de corpo que eu consigo imaginar.
‘a sensualidade é a mobilização máxima dos sentidos: observa-se o outro intensamente, procurando captar seus menores ruídos’

Quando leio sinto como se trilhas novas estivessem sendo abertas na selva dos meus pensamentos, como que para facilitarem a chegada a um entendimento comum. Algo do tipo.

Também queria entender por que sempre que leio algo em primeira pessoa, ou em terceira, mas numa narração que cave fundo nos motivos, é absolutamente impossível para mim sentir qualquer tipo de antipatia pelo personagem.

Entendo muitas coisas, e isso me confunde e me assusta, porque quando entendemos é possível ou imprescindível que, em algum nível, nos relacionemos com o que nos faz sentido. Então acho que concluo que tenho muitas, muitas coisas dentro de mim, que só recebem atenção quando são atiçadas por um fator exterior, como por exemplo, a leitura de algo que pode se tornar uma verdade própria.

‘a beleza por engano é o último estado da história da beleza.’ Não sei se concordo.

Afinal, eu concluo que, se não fosse ela, quem mais seria? Tem coisas que se encaixam e se completam, se remodelam em alguns pontos mas mantém a essência para continuar a execução (no sentido de fazer acontecer) da influência.

E é fato que o que nos empurra e nos leva à evolução ou glória ou qualquer outra coisa geralmente vista como positiva, é a atração pelo desconhecido. Porque não sabemos como é ser herói e nem como é ser feliz. Procurarmos conhecer tudo o que nos é mencionado, e é isso que faz as coisas mudarem. E é por isso que eu amo.

Um comentário:

Anônimo disse...

nao adivinhei o livro, mas uma cerveja viria bem.
za