7 de abr. de 2010

eis a questão

Uma breve sensação de ser infinito, de ser ar, gravidade, matéria, energia, livre, planar sobre ondas sonoras deixando um rastro de luz e uma impressão digital a cada mudança de compasso. Se libertar do eu, se libertar do corpo, ser alma ou qualquer coisa que você atribua à presença, estado, sentido, existência.
Ar da noite, quanto mais frio mais real, vento cortante, estimulante, pulso que acalma e dispersa os sentidos, liberta, revoluciona!
Revolução interna, sem sangue. Ebriedade vinda direto do gargalo que é o centro nervoso, entorpecido com o peso da não necessidade de se processar informações. Não processe, não entenda, só esteja lá, esteja aqui, em todos os lugares, em todos os sons e em todos os ventos. Tudo.

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